Ilha da Madeira.
«E quando este corpo corruptível se tiver revestido da incorruptibilidade e este corpo mortal se tiver revestido da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra da Escritura: A morte foi tragada pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? I Coríntios 15:54,55.
Charlotte Collyer tinha uma esperança à qual apegar-se, apesar da tristeza de ter perdido o seu marido, que viajava no Titanic.
Numa carta para a sua sogra, escreveu: "Às vezes, sinto que vivemos demasiado um para o outro, e foi por isso que o perdi. Mas sei que nos encontraremos no Céu. Quando aquela banda tocou Mais Perto Quero Estar, sei que ele pensou em si e em mim, pois ambas gostávamos deste hino."
Charlotte relembrava os corajosos músicos da orquestra do Titanic, que continuaram
a tocar aquele hino, mesmo vendo o grande navio começar a afundar-se nas águas gélidas do Atlântico. No meio de todo o pânico, confusão e gritos angustiados, os seus instrumentos levaram esperança àquele convés, uma grande esperança de estar com Deus
e com os entes queridos. E era isso que sustentava Charlotte nas suas horas mais escuras.
Melody Homer também se apega à mesma esperança. O seu marido, Leroy, morreu na trágica queda do voo 93 da United Airlines, perto de Shanksville, na Pensilvânia, no dia 11 de Setembro de 2001. Em vez de abrigar sentimentos de amargura contra os assassinos do seu marido, Melody apega-se à esperança da Segunda Vinda de Cristo. Quando a entrevistei na sua casa, em Nova Jersey, ela disse com suave confiança: "Eu sei que verei Leroy outra vez. Um dia, seremos arrebatados juntos para nos encontrarmos com Jesus nos ares." A fé de Melody emocionou-me durante aquela entrevista. A sua coragem deixou-me animado.
Ela era extremamente realista sobre a dor que lhe causou a morte prematura do marido.
Ela era igualmente realista sobre a esperança que vibrava no seu coração acerca da vinda de Jesus.
A morte não é um adeus final. É apenas uma curta pausa. É o prelúdio de Deus para a eternidade. Sem a esperança da ressurreição, a morte seria um fim muito trágico. Com ela, esperamos por um novo começo. A esperança que vibra no nosso ser é a gloriosa esperança de nos reunirmos com os nossos amados quando Cristo voltar. Esta esperança dá-nos coragem para enfrentar o dia de hoje e milhares de amanhãs. Ela enxuga as nossas lágrimas e aponta para outro tempo e outro lugar, onde as nossas maiores expectativas darão lugar
à Sua gloriosa realidade.
Mark Finley in SOBRE A ROCHA