domingo, 25 de abril de 2010

CHAMADOS PARA A LIBERDADE



«Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de servidão.» Gálatas 5:1.

       O dicionário Houaiss de Língua Portuguesa, define a liberdade como o "grau de independência legítimo que um cidadão, um povo ou uma nação elege como valor supremo, como ideal" (p. 2270). Embora o conceito de liberdade seja dos mais ambíguos, ele é considerado como condição imprescindível para uma vida humana plenamente feliz.
       É interessante constatar que no Novo Testamento a ideia de liberdade tem um papel relativamente restrito. Isso é visível, por exemplo, em termos de vocabulário. O substantivo liberdade apenas aparece 10 vezes, o adjectivo apenas aparece 21 vezes e o verbo apenas 7 vezes. E se considerarmos que as epístolas aos Gálatas e aos Romanos contêm metade da frequência destas palavras, podemos verificar que para o resto do Novo Testamento o vocabulário que trata da liberdade é reduzido.
       Também no conceito de liberdade há uma diferença. Enquanto que no pensamento grego, o homem livre é aquele que dispõe de si próprio em oposição ao escravo, e que para os estóicos o homem livre era também o homem que vivia desapegado das contingências exteriores e das paixões humanas, e que não tinha nenhum mestre nem mesmo deus; para Paulo, a liberdade consistia no facto de que o ser humano escolhia renunciar a ser livre e aceitava ser conquistado por um outro. (Filipenses 3:12).
       O Novo Testamneto não fala de liberdade absoluta. Para o Novo Testamento, o ser humano só se torna livre se voltar à condição de ser obediente. É por isso que no Novo Testamento é preferível falar de libertação do que de liberdade. A condição livre do homem não é caracterizada por uma lenta educação e evolução fundadas num ideal de liberdade humanas, mas é fundada pela fé no gesto libertador cumprido por Jesus Cristo, que libertou o Homem da escravidão do pecado, da escravidão dos seus próprios desejos e inclinações (Romanos 6:18, 19, 22).
       Esta libertação originou no Homem uma nova condição de vida, a condição de filho, que se traduz numa vida orientada e dirigida pelo Espírito (I Coríntios 6:19; 7:22) ao serviço da justiça e de Deus. A liberdade é, pois, essencialmente um dom (Gálatas 4:7) e uma experiência de vida, na qual o cristão escolhe viver na perfeita dependência de Deus.
Sem ser cristão, Abraham Heschel, filósofo judeu, traduziu assim o que entendia por liberdade e que está em completa harmonia com o pensamento bíblico:

«A liberdade não significa o direito de viver arbitrariamente; ela significa a capacidade de viver espiritualmente, de se elevar a um nível superior da existência.» - Dieu en Quête de l´Homme, p. 433.

Artur Machado


UM DEUS LIBERTADOR

O cume do monte cobriu-se com uma espessa nuvem que se foi tornando cada vez mais negra e mais densa. Desceu até que a montanha toda ficou envolta em trevas e em pavoroso mistério. O povo, atemorizado, observava ao pé da montanha, em ordem perfeita. Da espessa escuridão surgiam relâmpagos e trovões que retumbavam nas alturas. O monte fumegava e estremeceu violentamente quando Deus desceu sobre ele em fogo. Todo o povo de Israel tremia de medo. Até mesmo Moisés, o seu dirigente, e amigo de Deus, exclamou: "Sinto-me aterrado e trémulo" Hebreus 12:21.
Quando cessaram os trovões, apagaram-se os relâmpagos e a terra ficou quieta, produziu-se um solene silêncio através do qual se fez audível a voz de Deus que dizia: "Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egipto, da terra da servidão." Êxodo 20:2.
Os israelitas tinham sofrido um cativeiro de 430 anos no Egipto. Eram escravos. Sofreram o açoite, a opressão, a injustiça e toda a amargura decorrente de tal condição. Graças à misericórdia de Deus, saíram do Egipto, guiados por Moisés, rumo à liberdade que o Senhor lhes concedia.


UMA LEI PARA A HUMANIDADE

Deus não estava entregando a Sua Lei moral para benefício exclusivo dos hebreus. Honrou-os, fazendo-os guardiões e zeladores da Sua Lei, mas deviam entregá-la como um legado para o mundo todo. Deus deu-a para instrução e para uma vida moralmente livre que beneficiaria todos os homens.
A Lei moral de Deus é formada por 10 preceitos, breves, abrangentes, que incluem os deveres do homem para com Deus e para com os seus semelhantes. Todos são uma expressão do amor de Deus e constituem a explicação de uma vida moral livre baseada no amor e estruturada para amar. ...
Toda a nossa vida transcorre em relacionamentos com o nosso próximo. Não devemos vivê-la para a satisfação do egoísmo pessoal. Mas para o bem de todos e em harmonia com as ordens de Deus. Respeito mútuo é um acto de verdadeira liberdade.
O decálogo é a Lei do amor. Se o ser humano cumpre esta Lei, será realmente livre.
Livre para amar!


Mário Veloso
LIVRE PARA AMAR

terça-feira, 20 de abril de 2010

VOCÊ É IMPORTANTE


(O) amor (de) Deus consiste nisto: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele que nos amou e nos enviou o Seu Filho, para que os nossos pecados fossem perdoados. I S. João 4:10

        Conta-se que certa vez o mestre Paganini ao dar um concerto, uma corda do seu violino partiu-se. O músico, porém, continuou a tocar. De repente outra corda se partiu. E ainda outra, até que o violino ficou somente com uma corda. No fim do recital, o músico foi aplaudido com grande entusiasmo. Alguém sussurrou ao ouvido de Paganini:
        - Só um mestre como você, poderia ter dado um concerto com um violino de uma corda só.
        - Acontece que esta única corda é a mais preciosa que todas as demais, porque sem ela seria impossível fazer o que fiz - respondeu Paganini.

        Numa orquestra todos os instrumentos são muito importantes. Se a orquestra for grande, poderá ter 12 violinistas que tocam todos a mesma coisa, ao mesmo tempo. Esse maior número de instrumentos dá à música um som mais volumoso. Mas cada músico é um artista capaz de tocar qualquer peça, por mais difícil que seja. Cada um deles seria capaz de dar um concerto sozinho... No entanto, só em dados momentos, em certos trechos, é que um dos violinista é escolhido para fazer um solo com o seu violino. Neste caso, os outros violinistas silenciam ou tocam música de fundo, muito baixinho.
        Um dos violinistas de uma grande orquestra começou a ficar desanimado. Havia mais de cem músicos na orquestra. O som e a música eram tão extraordinários e possantes, que ele começou a perguntar-se se a sua contribuição realmente era importante. Se a sua presença ou ausência faria qualquer diferença no conjunto.
        Então veio o dia em que o desânimo tomou completa posse do nosso amigo. Como nas outras vezes, veio ao ensaio com todos os outros, mas resolveu fazer uma experiência. Decidiu que seguraria o violino na posição certa e que colocaria também o arco na posição correcta, mas não tocaria nas cordas do violino. No meio de tantos outros violinistas, quem poderia percebê-lo?
Então começou o ensaio. Depois de alguns momentos, o maestro da orquestra fê-la parar abruptamente. Baixando a batuta olhou em direcção aos violinistas: "Alguém... alguém... não está tocando!" E apontou na direcção daquele violinista silencioso.
        Ele sabia, agora, com certeza, que o seu violino fazia diferença e tinha o seu valor na grande orquestra.


       
Você também tem valor, e faz diferença se toca ou deixa de tocar na grande orquestra de Deus. Talvez você mesmo não perceba, mas o seu Regente sabe muito bem se você está tocando ou não.

Lembre-se:

VOCÊ É IMPORTANTE PARA DEUS.

Autor Desconhecido

terça-feira, 13 de abril de 2010

BUSCAI E ACHAREIS


Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Mateus 7:7

       Com grande expectativa, embarcámos nos botes de borracha para experimentar o nosso primeiro passeio pelos rápidos do rio Ocoee.
        Chuck já tinha experiência, mas para nós era a primeira vez. Foi uma aventura emocionante ser atirados de um lado para o outro dos impressionantes rápidos. De repente, o nosso bote ficou encalhado nas pedras. A água jorrava dos dois lados. Tentámos balançar e soltar o bote com os remos, mas nada funcionou.
        Chuck saiu para aliviar a carga. No mesmo instante, a força da água fez com que ele soltasse o remo. Horrorizados, observámos o nosso guia ser levado pela correnteza abaixo, deixando-nos lá em cima – não necessariamente secos! Mas com o bote agora mais leve, conseguimos sair do lugar e mais tarde apanhámos Chuck no lugar onde ele se tinha agarrado a uns galhos.
       Ao nos aproximarmos do fim do passeio, Chuck apalpou o seu bolso. “Ai, não! A minha carteira desapareceu!” Seria completamente impossível encontrar uma carteira num rio caudaloso, mesmo dentro de um saco de plástico! Era uma perda significativa.
       Desinflar o bote levou algum tempo, e quando nos dispusemos a voltar para a estrada,
a água do rio foi desviada para fins de electricidade. Agora havia meras poças onde horas antes tinha havido ferozes rápidos. Quando Chuck apontou para a pedra onde ficáramos presos, o meu esposo disse:
        - Bem, não havendo agora mais água ali, vamos procurar a carteira.
        - De maneira nenhuma! Impossível! - E os incrédulos balançaram a cabeça.
        Orámos, e enquanto Chuck se dirigia ao leito do rio, ele orou novamente. “Senhor,
eu deveria ter sido mais cuidadoso com a minha carteira. Se quiseres que eu aprenda uma lição, está bem. Mas se quiseres que eu a encontre, mostra-me aonde procurá-la.”
        Chuck viu os galhos aonde se tinha agarrado algum tempo antes e dirigiu-se para lá. Olhando para baixo, viu um saco de plástico balançando entre os galhos.
        Seria mesmo?
        Sim, lá estava a sua carteira.

Kay Kuzma
UM LUGAR DE PAZ


A BELEZA DA ORAÇÃO

A oração autêntica é orgânica – cresce a partir da sua própria
vida, personalidade, necessidades e ritmo. Cada dia e cada
momento estão repletos de oportunidades de oração.
Se aproveitarmos esses momentos, abrir-nos-emos
ao maior dos enriquecimentos e à mais eficaz das terapias.

Há muitas pessoas que pensam que não são capazes de orar,
consideram a oração um privilégio das pessoas
que frequentam a igreja, algo que assenta bem
aos velhos ou aos santos.

Por andarem sempre ocupados, tendem a subestimar
facilmente as possibilidades de oração que têm.

A oração não é só para especialistas.
A oração é para si e para mim. Ela conduz
Àquele que dá resposta a todos os corações orantes.


Keith McClellan

quinta-feira, 8 de abril de 2010

ALEGORIA DAS VIRTUDES



A Vontade ganhou asas e subiu...
Havia esquecido a bússula, mas isso pouco importava;
o importante era voar...
Ela quis e por isso foi. Ela era a Vontade.
Desnorteada e impulsiva,
viajava num voo frenético, rumo à consumação do querer!...

Pelo meio do céu,
(numa dessas ocasionalidades inconcebíveis)
ela se encontra com a Prudência.
Esta, vinha por um trilho certo.
Parecia percorrer uma rua naturalmente invisível,
no cosmos. Ia com cautela!
Sabia para onde ia e o que pretendia.
Não tinha pressa...
Afinal de contas, não havia razão para isso.

Por pouco não esbarrou na temperamental Vontade!
Achando que fora proposital
o facto da Prudência cruzar o seu "caminho",
a Vontade cumprimenta a interlocutora aos gritos!
(Como se esta fosse culpada de alguma coisa!...)
A Prudência placidamente pede desculpas
(por uma falta que não cometera)
e segue pelo caminho.

Comovida com a bondade da Prudência,
a impulsiva Vontade volta-se e busca entendimento.
A Prudência não mede esforços a fim de demonstrar carinho
para com a orgulhosa Vontade.
Tendo o íntimo quebrantado,
a Vontade une-se à Prudência
e juntas percorrem o invisível
caminho do espaço.

A última, ao travar
contacto com a sua companheira,
muito aproveita e com vagar se transforma.
Cautelosamente aprende
que os arroubos comedidos são igualmente indispensáveis.

Quando o amor
transformou as duas virtudes em uma,
elas vieram para a Terra
a fim de ensinar aos homens o que é PERSONALIDADE.


Costa Júnior

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O HERÓI DA NOSSA SALVAÇÃO




Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Jesus, nosso Senhor. Romanos 6:23.

        Imagine que se encontra num grande avião. Pouco tempo depois de começar o voo, os motores param de funcionar e o avião começa a cair. O piloto comunica que não há nada a fazer e que se preparem todos para o "impacto". Você tem quase cem por cento de possibilidade de morrer nesse acidente. Seria um momento de muita angústia, não acha?
        Foi exactamente o que aconteceu a um grupo de 155 pessoas que se encontravam a bordo de um avião em Nova Iorque, no dia 15 de Janeiro de 2009. O AirBus A-320, o voo 1549, descolou do aeroporto de La Guardia, em Nova Iorque, com destino à Carolina do Norte, EUA.
        Alguns minutos depois, ainda sobre a ilha de Manhattan, o avião chocou com algumas aves, danificando gravemente as turbinas. Imediatamente começou a perder altitude. O piloto precisava desesperadamente de aterrar de emergência. Não havia possibilidade de chegarem a nenhum aeroporto ou a "qualquer espaço livre" para pousar. A única alternativa que o piloto encontrou foi sobre o Rio Hudson. O sucesso foi total. Graças à sua grande experiência como piloto e à calma que manteve, conseguiu salvar as 155 pessoas que se encontravam no avião e evitar o que poderia ter sido uma grande tragédia. Esse piloto, chamado Chesley Sully Sullenberger, foi homenageado pelo presidente norte-americano e considerado um herói nacional.
        Os sobreviventes, enquanto eram atendidos pelas equipes de socorro, tinham um desejo em comum: o de apertar a mão daquele piloto, dar-lhe um abraço e agradecer-lhe pessoalmente por ter conduzido com êxito o seu avião naquela arriscada aterragem, salvando-os a todos.
        A história desses sobreviventes ilustra muito bem a experiência da humanidade. Todos os seres humanos estavam condenados à morte eterna, após o pecado e a rebelião. Não havia qualquer outra saída senão a morte. Então Jesus, pelo Seu infinito amor e bondade, veio a este mundo e morreu em nosso lugar, garantindo a salvação, a vida eterna a todos os que n´Ele crerem e O aceitarem. Maravilhoso Salvador!

        O nosso maior desejo, quando Jesus voltar, será o de ver o rosto do nosso querido Salvador e abraçá-l`O com gratidão.


Elias Godoy