quarta-feira, 24 de junho de 2015

FESTA  DE  SÃO  JOÃO  BAPTISTA



         No Porto, na noite de 23 para 24 de Junho, toda a cidade se envolve em homenagem a São João Baptista. Festa cíclica, de cariz nitidamente pagão e popular, que dura toda a noite em alegre e fraterno convívio colectivo. Assenta fundamentalmente em "sortes" amorosas, encantamentos e divinações que se relacionam, por um lado, com o casamento, a saúde e a felicidade, por outro, com os antigos cultos pagãos do Sol e do Fogo. Reportam-se ainda às virtudes das ervas bentas, ao orvalho, às fogueiras, à água dos rios, do mar e das fontes.
         A primeira alusão a estes festejos populares vem do séc. XIV, pelo cronista Fernão Lopes. Em 1851, os jornais falam de 25 mil pessoas nos Festejos São Joaninos. Mas foi só no séc. XX, em 1911, que o 24 de Junho passou a ser feriado municipal na Invicta. Nas ruas, os foliões 'atacavam-se' com o alho-porro (reminiscências de antigos cultos fálicos) e ramos de erva-cidreira. Agora, 'brindam-se' com martelos de plástico. Compram manjerico, comem sardinha assada e caldo-verde. Fazem subir balões de papel de várias cores que passeiam no ar como sóis iluminados (resquícios do culto do Sol).
         Tudo começa na Ribeira; depois do fogo-de-artifício nascido de barcaças no rio Douro, a festa espalha-se pela cidade, de bairro em bairro, de freguesia em freguesia. São as Cascatas São Joaninas, com a imagem do santo com o carneirinho num altar, são os grupos de amigos (as Rusgas), as tasquinhas, os bailaricos e o saltar às fogueiras que têm origem e substituem as festas pagãs do solstício. A farra só termina ao nascer do Sol com um banho de mar, na Foz do Douro. No dia do padroeiro, o manjar tradicional é anho ou cabrito assado com batatas e arroz no forno.



         Ora, toda esta festa pretende homenagear São João Baptista, também designado por São João Degolado. Na origem do seu martírio, esteve uma mulher chamada Salomé (segundo o historiador Flávio Josefo), filha de Herodias e sobrinha do tetrarca da Galileia, Herodes Antipas. Este repudiara a mulher legítima e passara a viver com Herodias, sua cunhada. Viviam um idílio só interrompido pela voz de um homem estranho, João.
         Vindo do deserto, João Baptista (porque baptizava no Rio Jordão) condenava o incesto. Herodes vivia torturado entre o prazer e o dever. Herodias odiava João e aproveitou a melhor ocasião para o fazer desaparecer - a festa de aniversário do cunhado-marido. O banquete para os nobres convidados foi animado por bailarinas núbias e egípcias, ao som de alaúdes e de flautas. De repente, diz a tradição, para surpresa de todos, aparece uma bailarina desconhecida acompanhada de escravas. Era Salomé. Ela dança e usa o dom da sedução e o erotismo para conseguir os seus intentos. Herodes, louco de desejo, pede que Salomé dance mais uma vez que ele a recompensará até mesmo com metade dos seus reinos. Então, diz o texto bíblico, ela pede a cabeça de João Baptista numa bandeja de prata. Herodes fica perturbado, mas cede. Tem de cumprir a palavra dada perante tantas testemunhas.

         Um pouco mais tarde, a cabeça de João Baptista é trazida à presença de Salomé. A partir daquele momento, João Baptista é um mártir. É evocado no dia do seu nascimento, 24 de Junho, ou a 29 de Agosto, dia em que, de acordo com a tradição, foi degolado.

         Este é mais um exemplo de como o cristianismo, no decorrer dos séculos, se deixou invadir por tradições, festas e práticas pagãs, tentando cristianizá-las através de um sincretismo contínuo e dinâmico. Todavia, nos Evangelhos, João teve a missão de preparar e anunciar a chegada do Messias Salvador, Jesus Cristo. Teve a honra e o privilégio de O batizar. Teve o dever e o entusiasmo de admoestar: "Arrependam-se do mal, porque o Reino dos Céus está próximo!" (Mat. 3:2) O grito-clamor de João Baptista ecoa ainda neste séc. XXI, porque o mesmo Messias está de regresso!!!

Ezequiel Quintino, Teólogo, Pastor e Jornalista, no seu livro Pensar Faz Bem, Novembro de 2010, textos do seu programa da Rádio Clube de Sintra, hoje RCS, Links 1R.

A IGREJA MAIS ANTIGA

Segundo uma das melhores definições "a Igreja" é uma instituição fundada por Deus, composta de almas convertidas do pecado, com o fim de adorar a Deus, e de viver vidas santas sobre a Terra na prática do amor ao próximo.
Qual será, então, a Igreja mais antiga? A Católica Romana afirma ser ela, declarando-se ao mesmo tempo a única, a verdadeira Igreja de Cristo. Segundo ela, as Igrejas Protestantes apenas nasceram com a Reforma no século XVI.

IGREJA ANTIGA

Pode, contudo, a Igreja Romana provar a sua asserção? Pode demonstrar que não existia outra, antes dela, ainda mais antiga? Claro que não. O que conseguirá é demonstrar ser uma Igreja antiga, facto que ninguém contesta.
Como não há testemunhas vivas do seu nascimento, temos forçosamente de procurar o testemunho dos documentos existentes, entre os quais as Escrituras Sagradas do Novo Testamento são supremas, tanto no que diz respeito à sua autoridade, como à sua contemporaneidade.
Um católico romano objectará que a Igreja não se julga pelo Novo Testamento, ao qual ela é superior em virtude de existir antes desse livro ser escrito, e pelo mesmo motivo as suas tradições e ensinos têm direito à primeira consideração.
Se se tratasse disso, e a Igreja Romana fosse realmente mais velha que o Novo Testamento, esperar-se-ia que tal Igreja se mencionasse nas suas páginas. É assim que se escreve toda a história e biografia, isto é, após haverem acontecido os factos relatados.
Portanto, visto que as Escrituras constituem uma história verdadeira e contemporânea dos começos da Igreja de Cristo, sendo também uma revelação da parte do Senhor Jesus à Sua Igreja (Seu representante na Terra), era de esperar que o Senhor não só Se dirigisse à mesma, mas que, nas epístolas, Se ocupasse largamente com ela, dando instruções e explicações acerca do seu proceder, ordem, modo de viver, etc.
É precisamente isto que o Senhor faz no Seu Testamento; porém, quando a Igreja, a quem Ele se dirige e instrui, e a qual Ele descreve nestas Escrituras, é comparada com a Igreja Católica Apostólica Romana, que agora se apresenta na Terra como Sua Noiva, a mais antiga e única Igreja de Cristo, o facto é que não se encontram sinais de identidade, mas sim um contraste dos mais salientes!
Qualquer pessoa dotada de inteligência normal é competente para fazer essa comparação. A história apresenta-nos uma Igreja Romana mostrando pompas, riquezas que não se podem computar, e poder secular rivalizando com o dos reis e governos, sobre os quais ela até reclamou soberania; uma organização que usa de maior influência política, às vezes, que qualquer outra.

IGREJA HUMILDE

No Novo Testamento o Senhor Jesus apresenta-nos a Sua Igreja, já existente na Terra, como um grémio humilde, manso, sofrendo perseguições sem procurar vingar-se, e partilhando do mesmo espírito que Ele manisfestara quando andava no mundo - um pequeno rebanho que é admoestado e acautelado em linguagem fortíssima contra toda a união com o mundo, contra a riqueza e ostentação, e contra a busca do poder temporal. De facto, tudo quanto a Igreja Romana aprecia, e sempre procura e reclama, é condenado no Novo Testamento e proibido à Igreja de Cristo.
Nas Escrituras, divinamente inspiradas, que descrevem a Igreja (a verdadeira Noiva de Cristo), longe de encontrarmos qualquer semelhança da organização romana, verificamos uma completa ausência dos seus distintivos, salvo os verificados no retrato da anti-noiva, no capítulo 17 do livro bíblico de Apocalipse.
Na Bíblia não se fala uma única palavra a respeito de papas, cardeais, arcebispos, monsenhores, padres, monges e outros dignitários. Apenas são reconhecidos apóstolos, anciãos, diáconos e o sacerdócio espiritual de cada crente em Cristo.
Nem uma só vez se alude a água benta, rosários, crucifixos, turíbolos, romarias, altares dos santos, velas, tiaras, anéis, batinas, vestimentas e aos muitos acessórios que acompanham os ritos e cerimónias da Igreja Romana.
Tão-pouco o Novo Testamento fala em missas, confissão aos padres, culto da bendita Virgem, canonização de santos (e preces dirigidas a eles), orações pelos mortos, purgatório, procissões, bulas, infalibilidade papal e muitos outros ensinos e dogmas da Igreja Romana.
Em verdade uma das cartas neo-testamentárias é dirigida à "Igreja em Roma", sendo ela composta do grupo inteiro dos crentes em Cristo que ali residiam, precisamente como outras cartas são endereçadas às igrejas de Filipos ou Tessalónica.
Convém notar, todavia, que tal carta, longe de sugerir que a Igreja de Roma possuía a mínima sombra de supremacia ou autoridade sobre as outras, não oferece a mínima base para o dogma romano de ser bispo de Roma (ou o primeiro papa) o apóstolo Pedro; de facto a epístola nem sequer menciona o seu nome.
O único apóstolo reconhecido no Novo Testamento como instrumento no desenvolvimento da Igreja de Cristo em Roma é Paulo; porém a Igreja em que ele ministrou em Roma nada tinha de semelhança com a Igreja Católica Apostólica Romana de hoje.
Disto se depreende não ser a Igreja Católica Romana a mais antiga, nem ostentar também os sinais da verdadeira Igreja de Cristo, conforme são fielmente indicados na Bíblia. Ela é apenas uma Igreja antiga subindo no horizonte histórico e assumindo forma distinta com a conversão política do Imperador Constantino, nos fins do terceiro século.

IGREJA DE CRISTO

Existia então (e isto está provado) uma Igreja de Cristo mais antiga que a Igreja Romana, e diferente dela - a descrita no Novo Testamento, necessariamente alguns anos mais antiga que essa Escritura, mas de acordo perfeitamente com os ensinos dela. Que é feito da mesma?

Pode-se traçar através dos séculos a história dessa Igreja, demonstrando o seu parentesco com a Igreja Evangélica de hoje? Seguramente que sim, pois a Igreja tem uma história contínua, cumprindo-se na mesma as palavras do Salvador: "As portas do Inferno não prevalecerão contra ela". Se a sua continuação não se encontrar na fé evangélica dos nossos dias, onde é possível encontrá-la?!
Admite-se que durante longos períodos de tempo depois da era apostólica, e a época dos mártires debaixo dos imperadores de Roma, a sua história pouco se salienta na marcha dos acontecimentos humanos. É que o surgimento da anti-noiva, com suas formalidades e costumes pagãos, com seu esplendoroso mundanismo e sua cruel perseguição dos que seguiam a verdade, levou para o obscurantismo, aos empurrões, a Noiva humilde, a Igreja de Cristo.
Porém, embora escondida, aqui e acolá cintilava por entre as trevas a luz da verdadeira luz evangélica. Pela vida individual dos tementes a Deus, pelas assembleias em cavernas e matas com receio da perseguidora, a vida da Igreja preservava-se até que, passado o triste período da Idade Média, raiou a luz da Reforma. Triunfando, na pessoa dos seus adeptos, sobre os exércitos, carnificinas e inquisições da Igreja Romana, a Palavra de Deus e a fé evangélica que ela produz, emanciparam-se.
Sob um nome ou outro, pouco importa, a tocha da fé evangélica tem atravessado século após século, desde a Igreja Primitiva do 1º século até ao vigésimo, sendo sempre a força motriz da obediente Igreja de Deus retratada no Novo Testamento.
Nenhuma Igreja Evangélica se reclama a única Igreja de Cristo, excluindo as outras; nenhuma, quanto à sua constituição eclesiástica, pretende ser tão antiga como a Igreja Católica Romana, mas todas elas (quanto ao seu espírito e prática) afirmam, e pelos seus sinais provam, ser parte daquela Igreja mais antiga nascida no cenáculo de Jerusalém, no dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo, descendo sobre os primeiros crentes, os selou para Deus e os dotou com poder divino para desempenhar o seu papel da Igreja de Cristo perante o mundo.

Hipólito Campos in Novas de Alegria, Revista Evangélica, Junho de 1983.

(Uma das coisas que me tem animado a continuar com os blogs é que as postagens são, em 1º lugar, surpresas para mim mesma. Oro a Deus a pedir inspiração e depois... haveria um rol de histórias que poderia contar de como as coisas acontecem. Isso passou-se também desta vez e de uma maneira ainda mais evidente, pois esta postagem anterior só aparece porque uma colega há muitos anos me ofereceu umas revistas da sua Igreja, Evangélica. E eu, como sempre, guardo tudo com muito 'amor e carinho', e embora não tenha lido na altura, agora apareceu-me este artigo quando, para arrumar umas coisas, tive de pegar num dossier onde estava aquilo que me pareceu, num relance na altura, ser a melhor seleção dessas revistas. E 'por acaso' a pasta caiu e abriu-se exatamente nas páginas desta leitura da qual não tinha qualquer ideia. E assim tem sido. É muito agradável reconhecer que há Alguém a dirigir o meu trabalho. Como posso desanimar, desistir?!... Convido os meus estimados leitores a completarem este assunto em Leituras Para a Vida, 24.06.2015. E.E.)


PAULO EM TESSALÓNICA E EM BEREIA

Tendo passado por Anfípolis e Apolónia, chegaram a Tessalónica, onde havia uma sinagoga dos judeus. Ora, Paulo, segundo o seu costume, foi ter com eles; e por três sábados discutiu com eles sobre as Escrituras, expondo e demonstrando que era necessário que o Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos; e este Jesus que eu vos anuncio, dizia ele, é o Cristo. E alguns deles ficaram persuadidos e aderiram a Paulo e Silas, bem como grande multidão de gregos devotos e não poucas mulheres de posição.
Mas os judeus, movidos de inveja, tomando consigo alguns homens maus dentre os vadios e ajuntando o povo, alvoroçavam a cidade e, assaltando a casa de Jáson, os procuravam para entregá-los ao povo. Porém, não os achando, arrastaram Jáson e alguns irmãos à presença dos magistrados da cidade, clamando: Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui; os quais Jáson acolheu; e todos eles procederam contra os decretos de César, dizendo haver outro rei, que é Jesus. Assim alvoroçaram a multidão e os magistrados da cidade, que ouviram estas coisas. Tendo, porém, recebido fiança de Jáson e dos demais, soltaram-nos.

E logo, de noite, os irmãos enviaram Paulo e Silas para Bereia; e tendo eles ali chegado, foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalónica, porque receberam a palavra com toda a avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim. De sorte que muitos deles creram, bem como bom número de mulheres gregas de alta posição e não poucos homens.
Mas, logo que os judeus de Tessalónica souberam que também em Bereia era anunciada por Paulo a palavra de Deus, foram lá agitar e sublevar as multidões. Imediatamente os irmãos fizeram sair a Paulo para que fosse até o mar; mas Silas e Timóteo ficaram ali. E os que acompanhavam a Paulo levaram-no até Atenas ...

Enquanto Paulo os esperava em Atenas, revoltava-se nele o seu espírito, vendo a cidade cheia de ídolos. Argumentava, portanto, na sinagoga com os judeus e os gregos devotos, e na praça todos os dias com os que se encontravam ali. ...
Então Paulo, estando em pé no meio do Areópago, disse: Varões atenienses, em tudo vejo que sois excepcionalmente religiosos; porque, passando eu e observando os objectos do vosso culto, encontrei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais sem O conhecer, é O que vos anuncio.
O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo Ele Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tão-pouco é servido por mãos humanas, como se necessitasse de alguma coisa; pois Ele mesmo é Quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas; e de um só fez todas as raças dos homens, para habitarem sobre toda a face da terra, determinando-lhes os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação; para que buscassem a Deus, se porventura, tateando, O pudessem achar, O qual, todavia, não está longe de cada um de nós; porque Nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois Dele também somos geração.
Sendo nós, pois, geração de Deus, não devemos pensar que a Divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida pela arte e imaginação do homem.
Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, manda agora que todos os homens em todo o lugar se arrependam; porquanto determinou um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do Varão que para isso ordenou; e disso tem dado certeza a todos, ressuscitando-O dentre os mortos.
Atos dos Apóstolos 17.

domingo, 14 de junho de 2015

"ALGUNS PAIS DÃO MAIS DO QUE DEVIAM
AOS SEUS FILHOS"




Se por acaso ainda é dependente do tabaco... correndo o
risco de vir a ser uma das suas vítimas,

aproveite a oportunidade para se tornar livre desse
flagelo participando no

PLANO DE 5 DIAS PARA DEIXAR DE FUMAR

que se vai realizar no Centro Comercial Satélite
no Cacém

de 22 a 26 de junho de 2015.





clique nas imagens para poder ler

segunda-feira, 1 de junho de 2015

R-e-f-l-e-x-õ-e-s  Para  J-u-v-e-n-i-s


ViVeR Em PaZ

Tende paz com todos os homens.
Romanos 12:18.
Durante a 2ª Guerra Mundial, pouco depois da invasão da Itália pelos Aliados, exigiu-se que as famílias italianas hospedassem os soldados invasores. Assim, aconteceu que um soldado americano foi designado para ficar na casa de um fazendeiro italiano.
O fazendeiro era mais pobre do que qualquer pessoa que o americano conhecia. A casa nem de longe podia ser comparada com seu lar confortável nos Estados Unidos. Não tinha carpete sobre o chão duro. Os únicos móveis eram uma mesa rústica e bancos. Não havia uma colorida toalha de mesa nem cortinas com drapeados.
Tão-pouco havia rádio, equipamento de som ou televisão para o entretenimento. Ele passava os serões com a família e seus amigos, simplesmente conversando, contando histórias do presente e do passado.
Certa noite, o americano estava sentado com os donos da casa no quintal, sob as videiras. Observavam a lua crescente surgir acima do monte Vesúvio. Uma alta coluna de fumaça erguia-se do vulcão, e uma corrente de lava vermelha derretida fluía por suas escuras encostas.
"Que majestoso! Que lindo!" refletia o soldado. Os outros deviam estar pensando a mesma coisa, pois todos estavam quietos. Finalmente o soldado falou:
- Tudo é tão pacífico aqui! Ninguém diria que há uma guerra em andamento.
- É uma guerra sem sentido - comentou alguém. - Ódio demais, mortandade demais.
- A guerra transforma pessoas decentes em monstros - disse outro. - Irmão luta contra irmão. Que desperdício!
O grupo ficou silencioso outra vez, cada um com seus pensamentos, desfrutando a tranquilidade do momento. De repente, o silêncio da noite foi quebrado pelo rugir de 50 aviões americanos cortando o céu, a caminho de sua missão destruidora.
Depois de passado o som ensurdecedor, o velho pai italiano falou mansamente:
- Aprendemos a nadar como os peixes do mar; aprendemos a voar como as aves do céu, mas ainda não aprendemos a caminhar sobre a terra em paz com nossos semelhantes!
"Mantendo a Amizade - Neste mês aprenderemos a viver em paz uns com os outros. Se queremos conservar nossos amigos, precisamos aprender a lidar com os conflitos."

Recado Amigo de Dorothy Eaton Watts in Inspiração Juvenil Amigo é Pra Essas Coisas,
1 de junho de 1998.

Má EsCoLhA

Porém seu pai e sua mãe, lhe disseram: Não há porventura mulher entre as filhas de teus irmãos, nem entre todo o meu povo, para que tu vás tomar mulher dos filisteus, daqueles incircuncisos? E disse Sansão a seu pai: Tomai-me esta, porque ela agrada aos meus olhos.
Juízes 14:3, Bíblia Almeida Antiga.
Em Juízes 14 a 16 está a história triste de um homem, que Deus chamou para uma tarefa especial: Ser o guia-libertador do povo de Israel. Deus deu-lhe força física. Era nazireu e nunca cortara o cabelo. Desde pequeno desenvolveu um físico forte e atraente. Seus músculos dos braços e das pernas eram rígidos e salientes, pois era um moço separado para uma missão especial.
Sansão, porém, fugiu do propósito de Deus escolhendo um outro caminho bem diferente. Desceu a colina e foi lá abaixo à cidade chamada Timna. Lá conheceu uma bela jovem, porém vulgar. Gostou dela, e ela cativou sua afeição, mas como uma armadilha; não era amor puro e sincero. Os pais o aconselharam:
- Mas Sansão, não há moças aqui no nosso meio? Uma moça cristã para você namorar? Você precisa justamente de ir buscar uma moça daqueles incircuncisos?
Oh! O moço Sansão não gostou do que os pais disseram. Eles estavam vendo o futuro, previam as consequências de tal escolha. Nada, porém, pôde demover o rapaz de tomar uma esposa pagã.
"Ela agrada ao meus olhos" - disse ele.
Será que somente devemos ser guiados pela aparência, pelas sensações visuais para escolher amigos ou namorados? Sem dúvida alguma, é preciso examinar mais profundamente e descobrir outros requisitos.
É sempre bom ouvir os pais e os mais velhos. Quantos jovens têm escolhido mal, por não ouvirem os conselhos dos que têm mais experiência de vida. Quantas lágrimas e tragédias poder-se-iam evitar, se os jovens dessem ouvidos aos conselhos de sábios cristãos.
Sansão fugiu do propósito de Deus para sua vida. No final, antes de morrer, estava cego, fisicamente ferido e machucado espiritualmente; foi quando se lembrou de orar a Deus. E sabe, em sua última oração desesperadora, por ter sido traído pela mulher que amou, por estar sendo humilhado e judiado, clamou a Deus e Ele respondeu sua oração. Com certeza, naquele dia Deus perdoou também os seus pecados.

Querido juvenil, procure escolher de acordo com a vontade de Deus. Ouça os mais velhos e experientes conselheiros cristãos, e tenho a certeza que será mais feliz!

Recado Amigo da professora Ofélia Wichert Moróz in Inspiração Juvenil Saudades do Lar, 1 de junho de 1995.

VoCê é De MuITo AuXíLiO

Ouvindo, pois, três amigos de Jó todo este mal que lhe sobreviera, chegaram, cada um do seu lugar: Elifaz o temanita, Bilade o suíta, e Zofar o naamatita; e combinaram condoer-se dele, e consolá-lo.
Jó 2:11.
Depois de você ter mandado pelos ares algum projeto, já teve algum amigo que viesse e dissesse algo como: "Tenha mais sorte na próxima vez" ou "O que você esperava?" Essa pessoa pode ter ótimas intenções, mas não é de mais auxílio que uma terceira perna. A última coisa que você necessita é de alguém dizer-lhe o que você fez de errado. Você sabe disto. E todas as boas intenções do mundo não mudarão o fato de que você estaria muito melhor sem o "auxílio" deles.
Conta-se uma fábula de um cervo que não se sentia muito bem. Ele estava deitado sobre uma grama verdejante à sombra de um bosque. Ali ele tinha bom alimento por perto e seria capaz de comer sem muito esforço.
Os animais da floresta amavam o belo cervo por causa de sua natureza calma e gentil. "Ele tende a ficar solitário", disseram eles entre si. "Vamos visitá-lo, um por um, e consolá-lo."
Assim cada visitante teve a sua vez de ir ver o cervo. Nenhum deles pôde resistir à tentação de dar algumas mordidas no verde gramado. Logo, nada foi deixado para o cervo enfermo! Ele teve de levantar-se e sair à caça de alimento a fim de sobreviver. Seus amigos o haviam consolado, mas tinham também irrefletidamente roubado sua fonte de alimento.
Jó, na Bíblia, teve o mesmo tipo de amigos. Oh, eles não vieram e devoraram seu alimento, mas foram juntos e começaram a pregar para ele. Disseram-lhe que ele deveria ter praticado o mal, caso contrário, todas estas coisas não lhe teriam sobrevindo! A esta altura uma pessoa com menos paciência do que Jó provavelmente teria posto esses três indivíduos para fora da porta.
Há alguma pessoa bem-intencionada, porém irrefletida "Elifaz" ou "Bildade" ou "Zofar" em sua vida? Alguém que está sempre lhe dizendo coisas que (segundo eles) são para seu próprio bem? Ou você impensadamente faz o papel de alguém que começa com ótimas intenções e se enrosca fazendo as coisas errado?
Anote uma vez em que você, realmente, disse a coisa ou a palavra errada para a pessoa errada no momento errado. Como se sentiu depois? Porquê?
Agora escreva uma vez que você foi realmente capaz de oferecer algum auxílio a um amigo perturbado. Como se sentiu depois? Porquê?

Recado Amigo da professora, escritora, oradora, Colleen L. Reece in Inspiração Juvenil Sonhando com a Vida, 1 de junho de 1991.

ViVeR NuM CíRcUlO

Amado, não imites o que é mau, senão o que é bom.
III João 11.
Muitas vezes, nos trópicos, vimos longas filas de formigas, muitas delas lado a lado, seguindo umas às outras. Observando especialmente uma grande procissão delas, num caminho da floresta, resolvi interromper seu perfeito jogo de "siga-o-chefe". Com meus pés, matei logo uns sete centímetros da coluna. No mesmo instante, as formigas que vinham atrás entraram em pânico, ficaram confusas. Desesperadamente disparavam para várias direções. A maioria delas voltava para encontrar as que se aproximavam. Isto ocasionava colisões entre elas, num caminho de uma só mão - nenhuma sabia o que fazer. Todas estavam confusas. Depois de longo tempo, uma mais corajosa aventurou-se a ir só na direção daquelas que se foram.
Você não precisa confundir-se ao enfrentar os problemas da vida, se estiver seguindo uma orientação segura. A Bíblia indica o caminho. E em livros inspirados como Mensagens aos Jovens, de Ellen White, Deus lhe dá todas as respostas às perplexas decisões a tomar na vida. Você encontrará uma placa indicativa: "Este é o caminho", para cada problema. Você, porém, tem de despender tempo para encontrar a resposta e tempo para ouvir e falar com Deus. Mas assim você sabe que está no caminho certo.
Não seja como a procissão das larvas de lagartixa, que seguem uma junto da outra numa rota ou procissão. Um dia o Dr Fabre encontrou-as quase circundando um vaso de pedra no seu jardim. Ele apanhou algumas larvas e, com elas, completou o círculo preenchendo o intervalo que havia, completando assim a volta. Essas larvinhas tolas gastaram o dia todo andando ao redor do vaso, num círculo contínuo.
Antes de se rir desses insetos que nada realizavam a não ser andar cegamente umas após as outras, pense em você mesmo. É muito provável que você tenha feito a mesma coisa devido à ideia comum que "todo o mundo faz isto". Esquecendo-se de glorificar a Deus, com nenhum outro propósito senão ser aceito pelos seus amigos, você tem feito o que os outros fazem porque você receia sair da fila, receia ser diferente, receia ficar deslocado, não é isso?
Abandone o seu viver num círculo, e despenda tempo para seguir as instruções claramente apresentadas na Bíblia e nos livros inspirados do Espírito de Profecia.
Recado Amigo do casal missionário Eileen e Jay Lantry in Inspiração Juvenil, Pare e Espere por Jesus, 1 de junho de 1988.

(Todos os livros são da Casa Publicadora Brasileira, São Paulo)

A Tua Lei - Bíblia Sagrada, Êxodo 20