sexta-feira, 24 de setembro de 2010

FUNDAMENTOS SÓLIDOS



«Escolhei hoje a quem sirvais... porém, eu e a minha casa, serviremos ao Senhor.» Josué 24:15.

       Há alguns meses, um senhor bem-vestido visitou a nossa escola. Entrou e perguntou pela D. Dália, que tinha sido a sua professora primária há 33 anos atrás. Há 26 que o senhor vivia nos Estados Unidos, mas estava numa viagem de negócios
e fez questão em procurá-la. Hoje, um engenheiro bem-sucedido, queria que ela soubesse que tudo o que tinha conseguido na vida, tinha sido graças aos ensinamentos e exemplo dela. Recebi, esta semana, um e-mail do Senhor Victor a contar que tinha sido um prazer rever a sua professora Dália Mateus.
       A construção de uma casa sólida requer sempre planos cuidadosos e escolha de construtores hábeis. É um dos empreendimentos mais exigentes que uma família pode fazer. Mais importante do que construir paredes é formar caracteres.
       Os alicerces não se vêem e, no entanto, são a parte mais importante da casa. Quanto mais o terreno à volta é perigoso, mais cuidado se deve ter em colocar os fundamentos. Jesus cresceu no Egipto durante os primeiros sete anos da Sua vida.

       Longe de multidões e de convívio com os da mesma língua, numa terra estranha, de Maria, Sua mãe, Ele aprendeu lições importantes para Se tornar o Filho do Homem. Nazaré era conhecida pela sua má reputação, no entanto foi o local escolhido por Deus para Jesus lá passar parte da Sua infância e juventude. Ele era social por natureza, mas não Se misturava com os jovens nas suas brincadeiras maldosas. Estava sempre pronto para ajudar, aliviar o sofrimento e carregar os fardos dos que se cruzavam com Ele.

       Como uma planta tenrinha exige cuidados especiais para se tornar uma árvore forte, os anos mais importantes para se formar um carácter sólido, são os primeiros. Uma criança necessita de carinho, segurança e regras bem definidas para se desenvolver harmoniosamente. Além de uma mãe e de um pai presentes, precisa de conviver com outros familiares, vizinhos
e membros da igreja e comunidade escolar.
       Existe muita sabedoria no provérbio africano que afirma
que «será preciso uma aldeia inteira para educar uma criança.» Precisamos de estar todos do mesmo lado, a trabalhar e pedir a Deus que as nossas criancinhas recebam "nutrientes" suficientes para se tornarem fortes moral, física e intelectualmente.

«O objectivo da educação é tornar espelhos em janelas.» - Sydney Harris

Anne Nunes

Directora da "Academia da Criança" e Oficina de Talentos
R. Ponta Delgada, nº 1,  1000-239  Lisboa
Telemóvel - 919 264 994
anne.nunes@gmail.com



«EM BUSCA DA EXCELÊNCIA

Um novo ano lectivo está diante de nós, o que nos leva a reflectir em como a vida, desde a infância, é uma corrida de resistência e perseverança que premeia os mais bem preparados e mais decididos.

Desde os primeiros e titubeantes passos do bebé que as suas qualidades inatas vêm ao de cima. É a carga genética em todo o seu esplendor! Mas, a partir daí, o ambiente, a vivência familiar, a educação, começam cada vez mais a marcar o andamento da sua preparação para a vida. E da noção que os pais possam ter da sua missão como orientadores do seu desenvolvimento, depende grandemente a possibilidade da criança, do jovem, vir a alcançar a excelência na sua vida, em todos os
aspectos.

Como dizia um poeta persa do décimo século, «quando a árvore é pequena o jardineiro orienta-a como quer. Mas quando ela cresce, ele já não consegue endireitar-lhe as curvas e as sinuosidades.»

Num mundo cheio de problemas, mas também de oportunidades, o correcto balanço entre os afectos e as regras e limites que desde cedo se oferecem à criança no lar (pelos pais, avós e outros familiares), são, em grande parte, os alicerces do que ela virá um dia a ser, como adulto. Se a educação dos primeiros anos for bem sucedida, quando chegar a hora de se iniciar na escola, ela terá a capaciadde de compreender a importância da instrução escolar para a sua vida. Ela entenderá a escola não como algo desagradável e fastidioso, mas a oportunidade que lhe é dada de vir a ser alguém tão ou mais realizado profissionalmente e útil, como a sua mamã e o seu papá.

Se nos compararmos com outros povos menos afortunados do que nós, mas que põem a educação dos seus jovens num alto pedestal, nós, como sociedade e como povo, não ficamos muito bem colocados. Aos poucos, fomo-nos habituando a ver os resultados dos nossos educandos nivelados por baixo, deixando para trás a procura do ideal e da excelência, sem a qual o declínio da nossa sociedade será inevitável.

Por isso, como pais e educadores, pensemos bem o que esperamos dos nossos filhos quando nos prepararmos para os levar à escola.

Com amizade,

Samuel Ribeiro
Pediatra

Saúde&Lar