Há um sinal de trânsito muito comum e simples que é facilmente compreendido e interpretado até pelas crianças. É o sinal de sentido único. É uma seta horizontal ou vertical, indicando a direção a ser seguida - em frente, à direita ou à esquerda. É interessante notar que os bons motoristas tomam duas decisões muito importantes com relação a esse e aos demais sinais de trânsito. A primeira é não questionar a validade ou não dos sinais que encontram pelas ruas e estradas. A segunda: Obedecem aos sinais, pois sabem que todos eles têm propósitos bem definidos e que foram estabelecidos para a sua própria segurança
e bem-estar.
Já pensou o que iria acontecer nas ruas das cidades e nas estradas, se fosse facultado
o direito a cada motorista, ou transeunte, de estabelecer as regras da sua própria conduta
e andar por onde quisesse e com a velocidade que desejasse? O trânsito do nosso velho mundo tornar-se-ia um caos e os acidentes multiplicar-se-iam ainda mais.
Tendo como objectivo a ordem e o bem-estar de todos os seres humanos, Deus, que é todo amor, também estabeleceu sinais bem distintos para orientar o comportamento de todos nós. É a lei dos Dez Mandamentos. Esta lei divina, embora simples e concisa, é muito perfeita. Ela regulamenta todos os nossos actos, tanto em relação ao nosso próximo, como também para com Deus. Assim, sendo Deus um legislador sábio e perfeito, pergunto: Caber-nos-ia a nós, criaturas Suas, limitadas em sabedoria e entendimento, ficar a questionar a validade deste ou daquele mandamento? É claro que não! Cabe-nos unicamente obedecer, sabendo que eles foram estabelecidos com o propósito de desenvolver o nosso próprio
bem-estar. Foi muito a propósito que David escreveu no salmo 19, versos 7 e 8 (BLH):
Rodolpho Gorski
UMA PALAVRA AMIGA
Imagine isto: Eu dou-lhe a receita de um bolo de chocolate. Escrevo tudo num papel - ingredientes, medidas e 30 minutos no forno, a trezentos graus. Você segue passo a passo
as indicações. Só muda um detalhe. Em vez de deixar o bolo no forno durante os trinta minutos, decide deixá-lo durante cinco horas. Sairía um pedaço de carvão.
Imagine outro quadro. Você está com pneumonia e vai ao médico. Ele passa-lhe uma receita. Você segue tudo ao pé da letra, só que em vez de tomar o antibiótico de oito em
oito horas, você decide tomar todo o frasco de uma só vez. Morreria.
Há pessoas que acham que as recomendações divinas não funcionam. Mas se observar, essas pessoas não seguem as prescrições divinas " à risca", como o salmista aconselha no versículo de hoje.
Os eruditos não sabem quem foi o autor do salmo 119, mas quem quer que tenha sido, escreveu-o por inspiração divina. Com clareza e contundência.
Os ensinamentos divinos não foram dados aos ser humano para que os discutisse ou
os adaptasse, mas para serem cumpridos "à risca". Qualquer outra atitude por parte do
homem é arriscada, perigosa e fatal.
Escrevo esta meditação no avião que me transporta de São Paulo para Buenos Aires.
São exactamente 23:05 h. A hospedeira acaba de anunciar que o avião vai começar os procedimentos de descida. Estamos a terminar um voo de três horas e pergunto-me: O
que seria dos passageiros se o piloto decidisse não seguir um "pequeno detalhe" como
fazer descer o trem de aterragem?
Vale a pena rever os nossos "procedimentos" todos os dias. Estou a seguir "à risca" as recomendações divinas? Observar tudo e deixar de lado apenas um assunto, por mais insignificante que pareça, pode ser fatal.
O que é que não está a funcionar na sua vida? O casamento? Os negócios? O relacionamento com os filhos? Olhe para os conselhos divinos e peça forças a Deus para seguir esses conselhos "à risca" e verá como muita coisa vai mudar.
"Tu ordenaste os Teus mandamentos para que os cumpramos à risca."
Alejandro Bullón
JANELAS PARA A VIDA