sexta-feira, 3 de setembro de 2010

COM QUE FREQUÊNCIA DEVEMOS PERDOAR?


«Senhor, até quantas vezes o meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?» Mateus 18:21.

       Acho que terei uma dívida eterna para com Pedro. Pedro fala por todos nós. Gosto muito desse seu lado humano. Identifico-me com a sua experiência. Provavelmente, você também. Pedro não é um santo isolado, sentado num mosteiro e a orar a dia inteiro. Nas situações do dia-a-dia, ele diz o que pensa. Deixa clara a sua posição. Às vezes, é impulsivo e falador. Mas sempre é sincero.
       Um dia, Pedro foi ter com Jesus, e fez uma pergunta importante.
       - Mestre, - disse ele - se o meu irmão pecar contra mim, quantas vezes deverei perdoar-lhe?
       Sem esperar a resposta de Jesus, Pedro adiantou-se e respondeu à sua própria pergunta:
       - Sete vezes? (Mateus 18:21).
       Para Pedro, sete era um exagero. Ele presumiu que Jesus o aplaudiria.
       Os rabinos tinham um ditado: «Se uma pessoa pecar contra ti uma vez, perdoa. Se ela pecar contra ti duas vezes, perdoa. Se ela pecar contra ti três vezes, perdoa. Se ela pecar contra ti quatro vezes, retribui-lhe o pecado.» Eles achavam suficiente perdoar a uma pessoa três vezes. Depois disso, a justiça exigia retribuição.
       Pedro pensava que perdoar a um irmão sete vezes era ficar muito próximo da perfeição divina. Ele levou o perdão muito além da limitada ideia farisaica. Sete era mais do que o dobro das vezes que as rabinos estavam dispostos a perdoar. Sete era o número da perfeição.
       Imagine a surpresa de Pedro ao Jesus dizer: "Nao te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete." (Mateus 18:22). Como poderia perdoar a uma pessoa que o ofendeu 490 vezes? O nosso amoroso Pai poderia. Ele misericordiosamente permaneceu ao lado dos judeus durante séculos, concedendo-lhes a Sua misericórdia repetidas vezes. Enviou profeta após profeta, mensageiro após mensageiro. Depois, enviou o Seu próprio Filho, e eles crucificaram-n'O . Pacientemente, Ele ofereceu o perdão, embora Israel se revoltasse continuamente.
       Jesus queria que Pedro entendesse esta verdade vital, e Ele deseja que nós também a entendamos: O perdão não é medido pelo número de vezes que alguém nos ofende. O perdão está enraizado na própria natureza de Deus. É uma atitude de misericórdia, que não guarda rancor. Perdoa-se porque perdoar é aquilo que é correcto fazer. É o que Deus faria.

Mark Finley
Meditações Matinais - SOBRE A ROCHA


PERDÃO SENHOR!

Perdão, Senhor!
embora bem intencionado,
nem sempre acertei...


Eu queria ser flor... e fui espinho.
Queria ser um sorriso... e fui mágoa.
Queria ser luz... e fui trevas.
Queria ser estrela... e fui eclipse.
Queria ser contentamento... e fui tristeza.
Queria ser amigo... e fui adversário.
Queria ser força... e fui fraqueza.
Queria ser o amanhã... e fui o ontem.
Queria ser paz... e fui guerra.
Queria ser vida... e fui morte.
Queria ser sol... e fui escuridão.
Queria ser a calma... e fui o tumulto.
Queria ser sobrenatural... e fui terreno.
Queria ser lenitivo... e fui flagelo.
Queria ser AMOR... e fui decepção.


Recebe, Senhor,
em Tuas mãos de misericórdia e perdão
infinito,
o gosto amargo e contrito
desta minha ORAÇÃO.


Pe Roque Schneider