«Então Jesus lhe perguntou: Não eram 10 os que foram curados? Onde estão
os 9? Não houve, porventura, quem voltasse para dar glória a Deus, senão
este estrangeiro?» Lucas 17:17 e 18.
Certo locutor manteve um programa de rádio com o objectivo de conseguir trabalho para pessoas desempregadas. Ele teve o cuidado de fazer a estatística do seu trabalho,
e quando atingiu o número de mil empregos conseguidos, notou que apenas 10 pessoas tinham voltado para trás para agradecer. Apenas 1% dos favorecidos manifestaram gratidão.
Numa certa aldeia, perto de Samaria, havia 10 homens que sofriam da doença de Hansen, que vulgarmente é conhecida como lepra. No tempo de Jesus a lepra era considerada uma doença praticamente incurável, uma maldição. As pessoas com essa doença eram obrigadas a viver isoladas até à morte. Eram humilhadas e não havia esperança para elas.
Entretanto, aqueles 10 leprosos tinham ouvido falar de Jesus e das curas maravilhosas que Ele tinha realizado. A chama da esperança da cura brilhou no seu coração. Ao saberem da aproximação de Jesus, imploraram a Sua misericórdia. Jesus ouviu-os e respondeu às suas súplicas. Depois, tendo em atenção as leis de saúde de Israel, pediu-lhes que se apresentassem ao sacerdote, pois ele era o responsável para determinar se uma pessoa estava livre ou não da doença. Diz o relato bíblico que «indo eles, foram purificados».
Quantos voltaram para agradecer a Jesus? Apenas um! E para complicar a história para os que diziam ser do povo de Deus, o único que voltou para dar glória a Deus e agradecer era um estrangeiro, um samaritano.
A lição que emerge da história dos 10 leprosos é óbvia: precisamos de desenvolver mais a arte da gratidão. Temos de o fazer nos dois sentidos: gratidão para com Deus; e gratidão para com os que nos rodeiam. Motivos para sermos gratos existem aos milhares, precisamos apenas de ter os olhos abertos e o coração reconhecido.
A gratidão a Deus começa quando sentimos o coração pulsar, e continua ao vermos o pão sobre a mesa e os mil motivos que se sucedem, momento a momento. A gratidão para com o nosso próximo deve vir através do lar que nos acolhe, da apetitosa comida sobre a mesa, da roupa limpa, das boas notas na escola, do carinho e do afecto que recebemos, etc. Não nos esqueçamos de que a gratidão promove o amor, ao passo que a gratidão não expressa é ingratidão.
Rodolpho Gorski
UMA PALAVRA AMIGA
Todas as vezes que fico decepcionada com o que me acontece nesta vida, páro e penso no pequeno Jamie Scott. Jamie estava tentando conseguir um papel na peça da escola. A mãe dele contou-me que ele se havia dedicado de todo o coração àquela tarefa, mas ela receava que o filho não fosse escolhido. No dia marcado para a distribuição dos papéis, fui com ela buscar Jamie após as aulas. Jamie correu para a mãe, com os olhos brilhando, cheios de orgulho e euforia. Sabe o que aconteceu, mãe? – ele gritou animado, e em seguida proferiu estas palavras que até hoje me servem de lição: - Fui escolhido, para bater palmas e dar vivas! - Marie Curling