sábado, 19 de março de 2016

LEMBRETES
PARA
PAIS



* Há muitas formas de se medir o sucesso; uma delas é a forma como o filho descreve o seu pai ao conversar com o seu amiguinho. - Autor desconhecido
E a glória dos filhos são os pais. - Provérbios 17:6


* O maior feito que um pai pode fazer em favor dos seus filhos é amar a mãe deles. - Josh Mcdowell
Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como aos seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. - Efésios 5:28


* Se você deseja que o seu filho aceite os seus valores quando atingir a adolescência, então você deve ser merecedor do seu respeito durante a sua infância. - James Dobson
...Mas para vos dar a nós mesmos em exemplo, para nos imitardes. - II Tessalonicenses 3:9


* Uma criança provavelmente não encontrará um Pai em Deus, a não ser que encontre algo de Deus no seu próprio pai. - Glen Whaeeler
Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo. - I Coríntios 11:1


* Amor demais nunca mimou crianças. As crianças ficam mimadas quando substituímos 'presença' por 'presentes'. - Anthony P. Witham
Assim nós, sendo-vos tão afeiçoados, de boa vontade quiséramos comunicar-vos, não somente o evangelho de Deus, mas também as nossas próprias almas. - I Tessalonicenses 2:8


* Para muitas menininhas, a vida com o seu pai é um ensaio para o amor e o casamento. - David Jeremiah
O que aprendestes, e recebestes, e ouvistes de mim, e em mim vistes, isso fazei. E o Deus de paz será convosco. - Filipenses 4:9


* O melhor que podemos dar às crianças, além de bons hábitos, são as boas lembranças. - Sydney J. Harris
A memória do justo é abençoada... - Provérbios 10:7


* Pode ser difícil para alguns pais não terem um filho, porém muito mais difícil é para um menino, não ter um pai. - Sara Gilbert
Não retenhas o bem de quem o merece, estando na tua mão poder fazê-lo. - Provérbios 3:27


* Dentre todos os abusos do mundo... não há nenhum pior do que um pai negligente. - Stafano Guazzo
Mas negligenciais o mais importante da lei - a justiça, a misericórdia e a fé. - Mateus 23:23


* Os filhos carecem de amor, especialmente quando não o merecem. - Harold S. Hulbert
Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados, e andai em amor, como também Cristo vos amou, e Se entregou a Si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave. - Efésios 5:1, 2


* Os filhos necessitam desesperadamente de saber - e ouvir de forma que entendam e se lembrem - que são amados e valorizados pela mamã e pelo papá. - Gary Smalley e John Trent
... Não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade. - I João 3:18

Citações extraídas de Pequeno Manual de Instruções de Deus para Pais Editora United Press


OS  FILHOS  DA  S-E-P-A-R-A-Ç-Ã-O



     Éramos uma família normal: pai, mãe e 3 irmãos. Meu pai fora enviado ao interior pela empresa na qual trabalhava, e geralmente não estava em casa; mas vinha com frequência e éramos felizes. Não nos faltava nada do que uma criança pode desejar. Tínhamos carinho, saúde... Éramos realmente felizes!
     Certa manhã de outubro, o carteiro tocou a campainha. Minha mãe foi atendê-lo, toda contente pensando que trazia alguma carta do papá. Ela estava esperando ansiosa, quase com desespero, porque havia muito tempo que ele não mandava notícias, contra o seu costume. Minha mãe vivia para ele e para nós. Poucas vezes pensava em si mesma.
     Continuei entretida com a minha tarefa. Sabia que, logo depois de ler a carta, minha mãe a leria para mim. Mas desta vez não sucedeu assim. Ao acabar de ler, muito lentamente com uma expressão de grande dor em seu rosto, estendeu e entregou-me a carta. Não tinha forças para ma ler.
     Quase não pude acreditar! Só quando cheguei à última linha, parei para me dar conta do que estava acontecendo. Meu pai estava a dizer que "simplesmente" não a queria mais e passaria a viver com outra mulher, lá na cidade onde estava a trabalhar.
     A minha reacção foi um tanto estranha. Chorei durante um pouco de tempo, e em seguida prossegui com a minha tarefa. Estava estupefacta, quase aterrorizada. Nem queria olhar para minha mãe; eu não gostava de vê-la sofrer. Senti que, a partir desse momento, eu deveria ser muito forte, a "irmã maior" dos pequeninos, a pessoa "adulta" que protegeria minha mãe. Teria que ser rija contra o mundo, que, segundo me parecia, já começava a causar-nos dano e a desfazer o nosso futuro... Passei a ser uma pessoa desconfiada, zelosa dos meus amados e das nossas coisas. Decidimos que daríamos à mamã todo o amor necessário para que ela não se sentisse mal nem solitária. Claro que isso não foi totalmente possível. A mamã necessitava do insubstituível amor de um esposo, um companheiro.
     Que aconteceria agora? Os quatro sozinhos, sem aquele que fora até então considerado a base e a coluna do nosso lar?
     Acabaria realmente o mundo? Aonde iriam parar as nossas ilusões e vocações? Eu sempre quisera ser médica... seguramente isso já não seria mais possível.
     E a nossa economia? Nunca tínhamos sido ricos, mas também nunca nos faltara o necessário. Teríamos de sair da casa que, com tanto sacrifício, fora comprada por meus pais? Talvez.
     Decidi deixar de estudar e começar a trabalhar. Mas, em quê? Pouco importava, minha mente adolescente assegurava-me que "eu" deveria ajudar a mamã a não cair no desespero. Finalmente ela não me deixou trabalhar.
     As suas palavras tornaram luminoso aquele dia apesar de tudo. Um estranho sentimento invadiu todo o meu ser quando a mamã me disse que eu não deveria ficar alarmada, que tudo estava bem, que não sofreríamos nem nos faltaria nada, que tudo voltaria a ser como antes. Recuperei a minha paz e a minha tranquilidade, deixando atrás todo o assomo de angústia e desespero.

     Em breve descobri qual era a magia que nos devolvera a paz. O segredo estava, claro, em minha mãe! Todas as manhãs, eu podia ouvir quando ela se levantava bem cedo para trabalhar nas casas de várias famílias, e me doía vê-la deitar-se tão tarde, depois de ter tricotado muita lã ou de ter costurado tanta roupa para aumentar as entradas. A minha querida mãe estava lutando com unhas e dentes contra a solidão e a fome. E fez isso tão bem que, devo admitir, nós os filhos quase não sentimos tais ameaças.
     Só então descobri que a mamã fora, e agora continuava a ser, o verdadeiro esteio da família! Ficámos tranquilos, por meio da segurança de seus passos, da grandeza da sua alma, da sua infinita confiança em Deus, do seu senso de responsabilidade. E ainda da sua vontade, integridade, paciência e fé. As suas constantes e amargas lutas terminavam sempre em vitórias!
     Que te movia, minha mãe, para que não te deixasses esmorecer? Que fizeste para que as dificuldades não te submergissem ou nos lançassem no fundo de um abismo mais cruel ainda? Sempre parecias invencível! Eras a nossa rocha. Donde conseguias tanta fortaleza? Só agora compreendo que tudo provinha do amor. Esse amor que sempre sentiste por tua família e que finalmente impediu o teu fracasso e a nossa destruição.

     Embora tenhamos sido  filhos - da - separação,  conhecemos o único remédio que nos podia resgatar do fracasso: O Verdadeiro Amor!

Suzana G. De Bustos in Sinais dos Tempos, nº 26, 1988, P. SerVir.