JAMES COOK
Querido amigo! Peço a Deus que tudo te corra bem e que estejas de saúde.
III João 2
O tenente James Cook abriu uma pequena caixa preta que continha as instruções do Almirantado Britânico, e leu-as em silêncio.
- Hum! Pretensão exagerada, eu diria! - disse por fim. "Você deve levar três astrónomos da Sociedade Real para o Taiti, a fim de observar a passagem de Vénus entre a Terra e o Sol, que deverá ocorrer a 3 de junho de 1769. Enquanto estiver ali, você deve fazer amizade com os nativos, traçar mapas e fazer descrições das ilhas", diziam as instruções.
- Essa parte deverá ser fácil - comentou Cook, que recentemente havia inspecionado o São Lourenço e feito o mapa da Terra-Nova.
"Depois que os cientistas tiverem terminado no Taiti, você deve abrir o conjunto de instruções seladas, que se encontra na caixa preta. Toda vez que vocês se perderem, devem cuidar da saúde da tripulação e manter o navio em segurança."
- Esta parte vai ser difícil - Cook balançou a cabeça.
Além de onze passageiros, havia-lhe sido confiada uma tripulação de 83 pessoas, o dobro do número necessário para cuidar de um navio do tamanho do Endeavour (Diligência). Naqueles dias, esperava-se que mais da metade da tripulação morresse de escorbuto ou outros perigos da viagem.
- Haverá normas rigorosas de saúde neste navio! - disse Cook à tripulação reunida. - O navio deve ser mantido completamente limpo e bem arejado. Todos devem tomar bastante água. Devem comer frutas frescas ou verduras todos os dias. Vocês irão receber todos os dias doses de suco de limão para evitar o escorbuto. Temos a bordo uma cabra para nos suprir de leite fresco diariamente.
Como resultado das normas de saúde de Cook, 56 dos 95 homens voltaram para casa sem problema. Sua viagem de três anos os fez dar a volta ao mundo; eles exploraram o Taiti, a Nova Zelândia e a Austrália.
Compare isso com a viagem de Fernão de Magalhães:
Ele partiu com cinco navios e 277 homens. Apenas um navio, com 18 homens, retornou à Espanha. A proporção dos sobreviventes foi de seis homens para cada cem. Na expedição de Cook, 60 por cento sobreviveram, uma proporção dez vezes mais elevada.
Deus quer que todos nós sejamos sadios e felizes. Por isso Ele nos dá leis de saúde. Quando transgredimos essas leis, certamente sofremos.
Você pode citar algumas das Leis de Saúde de Deus?
WILLIAM BAFFIN
Há caminhos que ao homem parecem retos, mas que, no fim, conduzem à morte.
Provérbios 14:12
Um vento persistente balançava a Discovery em direção ao norte, ao longo da costa ocidental da Groenlândia, até que ela atingiu o ponto no qual Davis havia encontrado o bloco de gelo. De novo, massas de gelo flutuante bloqueavam o caminho.
- Arriem as velas - ordenou o comandante William Baffin.
- Mas, senhor - protestou o jovem marinheiro - por que não deixar as velas içadas? O vento é forte. Por meio dele poderíamos abrir nosso caminho!
- É aí que você se engana - respondeu Baffin. - Esses icebergs (blocos de gelo) são muito maiores do que a parte que vemos. Apenas um oitavo do gelo está acima da água. São os sete oitavos que estão em baixo da água que devem preocupar-nos. Se atingirmos um destes enormes pedaços de gelo, nosso navio se tornará em gravetos. Não há nenhuma forma do nosso pequeno barco poder empurrar esse gelo para o lado.
- Homem! Eu não tinha ideia de que eles fossem tão gigantescos - disse o jovem marinheiro. - Estou disposto a esperar.
Depois de várias semanas, o bloco de gelo se dissolveu, e foi possível à Discovery abrir caminho por entre os blocos de gelo por mais trezentas milhas em vez de ter que voltar.
O pecado se parece um pouco com um iceberg. O demónio nos permite ver apenas uma pequena porção dele, a parte que parece boa. Ele mantém ocultos os maus efeitos. Tarde demais, jovens confiantes descobrem que sua vida naufragou e sua felicidade desapareceu.
- O álcool é um dos icebergs de Satanás. Ele lhe permite ver os grupos felizes onde todos bebem. Não lhe diz quão doente você se sentirá depois. Não lhe mostra os alcoólatras, os lares desfeitos e os acidentes de automóvel.
- As drogas constituem outro iceberg. Ele permite que você veja aquela sensação de euforia ("alto", na linguagem dos toxicómanos) que os outros sentem por usar drogas. Mostra-lhe como é bom esquecer seus problemas. Só depois lhe será possível descobrir os sete oitavos do iceberg que podem arruinar-lhe a vida.
- Jogos de azar, apostas em corridas de cavalo, lotarias são alguns dos outros icebergs que parecem inofensivos.
Esteja atento aos icebergs de Satanás hoje. Se vir que algum deles está vindo em sua direção, lembre-se de quão traiçoeiros eles são. Siga outro caminho!
Há caminhos que ao homem parecem retos, mas que, no fim, conduzem à morte.
Provérbios 14:12
Um vento persistente balançava a Discovery em direção ao norte, ao longo da costa ocidental da Groenlândia, até que ela atingiu o ponto no qual Davis havia encontrado o bloco de gelo. De novo, massas de gelo flutuante bloqueavam o caminho.
- Arriem as velas - ordenou o comandante William Baffin.
- Mas, senhor - protestou o jovem marinheiro - por que não deixar as velas içadas? O vento é forte. Por meio dele poderíamos abrir nosso caminho!
- É aí que você se engana - respondeu Baffin. - Esses icebergs (blocos de gelo) são muito maiores do que a parte que vemos. Apenas um oitavo do gelo está acima da água. São os sete oitavos que estão em baixo da água que devem preocupar-nos. Se atingirmos um destes enormes pedaços de gelo, nosso navio se tornará em gravetos. Não há nenhuma forma do nosso pequeno barco poder empurrar esse gelo para o lado.
- Homem! Eu não tinha ideia de que eles fossem tão gigantescos - disse o jovem marinheiro. - Estou disposto a esperar.
Depois de várias semanas, o bloco de gelo se dissolveu, e foi possível à Discovery abrir caminho por entre os blocos de gelo por mais trezentas milhas em vez de ter que voltar.
O pecado se parece um pouco com um iceberg. O demónio nos permite ver apenas uma pequena porção dele, a parte que parece boa. Ele mantém ocultos os maus efeitos. Tarde demais, jovens confiantes descobrem que sua vida naufragou e sua felicidade desapareceu.
- O álcool é um dos icebergs de Satanás. Ele lhe permite ver os grupos felizes onde todos bebem. Não lhe diz quão doente você se sentirá depois. Não lhe mostra os alcoólatras, os lares desfeitos e os acidentes de automóvel.
- As drogas constituem outro iceberg. Ele permite que você veja aquela sensação de euforia ("alto", na linguagem dos toxicómanos) que os outros sentem por usar drogas. Mostra-lhe como é bom esquecer seus problemas. Só depois lhe será possível descobrir os sete oitavos do iceberg que podem arruinar-lhe a vida.
- Jogos de azar, apostas em corridas de cavalo, lotarias são alguns dos outros icebergs que parecem inofensivos.
Esteja atento aos icebergs de Satanás hoje. Se vir que algum deles está vindo em sua direção, lembre-se de quão traiçoeiros eles são. Siga outro caminho!
A ESTRANHA
Alguns anos depois que nasci, meu pai conheceu uma estranha, recém-chegada à nossa pequena cidade.
Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com esta encantadora personagem e, em seguida, a convidou a viver com nossa família.
A estranha aceitou e, desde então, tem estado connosco.
Enquanto eu crescia, nunca perguntei sobre seu lugar em minha família; na minha mente jovem já tinha um lugar muito especial.
Meus pais eram instrutores complementares. Minha mãe me ensinou o que era bom e o que era mau, e meu pai me ensinou a obedecer.
Mas a estranha era nossa narradora. Mantinha-nos enfeitiçados por horas com aventuras, mistérios e comédias.
Ela sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber de política, história ou ciência.
Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro!
Levou minha família ao primeiro jogo de futebol.
Fazia-me rir, e me fazia chorar.
A estranha nunca parava de falar, mas o meu pai não se importava.
Às vezes, minha mãe se levantava cedo e calada, enquanto o resto de nós ficava escutando o que ela tinha que dizer, mas só ela ia à cozinha para ter paz e tranquilidade.
(Agora me pergunto se ela teria rezado alguma vez para que a estranha fosse embora).
Meu pai dirigia nosso lar com certas convicções morais, mas a estranha nunca se sentia obrigada a honrá-las. As blasfémias, os palavrões, por exemplo, não eram permitidos em nossa casa... nem pela nossa parte, nem de nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse.
Entretanto, nossa visitante de longo prazo usava sem problemas sua linguagem inapropriada que às vezes queimava meus ouvidos e que fazia meu pai se retorcer e minha mãe se ruborizar.
Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool. Mas a estranha nos animou a tentá-lo e a fazê-lo regularmente.
Fez com que o cigarro parecesse fresco e inofensivo, e que os charutos e os cachimbos fossem distinguidos.
Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. Seus comentários eram às vezes evidentes, outras sugestivos, e geralmente vergonhosos.
Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante minha adolescência pela estranha.
Repetidas vezes a criticaram, mas ela nunca fez caso dos valores de meus pais, mesmo assim, permaneceu em nosso lar!
Passaram-se mais de cinquenta anos desde que a estranha veio para nossa família. Desde então mudou muito; já não é tão fascinante como era no princípio.
Não obstante, se hoje você pudesse entrar na guarida de meus pais, ainda a encontraria sentada em seu canto, esperando que alguém quisesse escutar suas conversas ou dedicar seu tempo livre a fazer-lhe companhia...
Seu nome? Ah, seu nome...
Chamamos-lhe de TELEVISÃO!
É isso mesmo; a intrusa se chama TELEVISÃO!
E agora ela tem um marido que se chama Computador, um filho que se chama Telemóvel e um neto de nome Tablet.
A estranha agora tem uma família. E a nossa será que ainda existe?...
Autor Desconhecido
Vocês são todos irmãos. Mateus 23:8.
Quatro homens descalços e pálidos andavam cambaleantes pela costa do Texas. Cabeza de Vaca, André Dorantes, Castelo e Estêvão eram os únicos sobreviventes de uma expedição de seiscentos homens que haviam saído seis meses antes para explorar o Novo Mundo.
- Não consigo ir a mais nenhum lugar - disse Dorantes ao cair ao chão e encostar a cabeça num tronco de árvore.
Castelo sentou-se junto dele e esfregou-lhe os pés inchados.
- Temos que continuar nos movimentando, de contrário morreremos de frio - advertiu Cabeza de Vaca. Como ninguém se movimentou, ele também se assentou ao lado do tronco. Com um suspiro, Estêvão se juntou a eles.
Em alvoroço, um grupo de nativos que estava voltando de uma caçada encontrou os quatro desventurados homens unidos uns aos outros em busca de calor. Sua magreza e olhos fundos faziam com que eles se parecessem mais mortos do que vivos.
"Então aconteceu a coisa mais estranha", escreveu mais tarde Cabeza de Vaca. "Vendo nossa miséria, os nativos assentaram-se ao nosso lado e choraram. Eles se dedicaram a uma demorada lamentação por causa do nosso sofrimento. Ouvindo-os, senti mais nossa calamidade. Em toda a minha vida, não consigo lembrar-me de tão grande pranto em favor do sofrimento."
Os nativos não choraram apenas; eles cobriram os homens trementes com seus próprios corpos. Eles levaram os desprotegidos homens de fogueira em fogueira até alcançarem sua vila, onde os alimentaram com peixe e raízes, e cantaram para animá-los.
"Fiquei surpreso ao notar tanta bondade entre esse povo inculto", disse Cabeza de Vaca. "Seus sentimentos eram muito profundos."
Não seria bom se todos pudéssemos ver as pessoas que diferem de nós como aqueles nativos viram os espanhóis? Eles não olharam para a cor da sua pele, antes viram sua condição como a dos outros seres humanos. Interessaram-se realmente por eles.
Por baixo de nossa pele e de nossas roupas somos todos parecidos. Todos ficamos magoados quando alguém se ri de nós. Todos nos sentimos bem quando alguém cuida de nós. Somos todos irmãos e irmãs. Se tão-somente pudéssemos entender isso, jamais nos julgaríamos superiores ou diferentes para com uma pessoa de outra raça ou cultura. Seríamos como aqueles nativos que encontraram Cabeza de Vaca. Procuraríamos fazer tudo para ajudá-los e ser seus amigos.


Textos de Exploradores em Meditações para Juvenis, de Dorothy Eaton Watts, sobre Personagens da História, Casa Publicadora Brasileira, 2003.