domingo, 15 de janeiro de 2012

DIA MUNDIAL DA RELIGIÃO


«O homem pode ignorar que tem uma religião, como pode também ignorar que tem um coração; mas sem religião e sem coração, o homem não pode viver.» Liev Tolstói



A origem do Dia Mundial da Religião aconteceu nos Estados Unidos da América, em Dezembro de 1949, quando a Assembleia Espiritual Nacional dos Bahá'is sugeriu que este dia fosse celebrado anualmente no terceiro domingo de Janeiro. São já 24 os países, entre os quais Portugal, que aderiram a esta celebração.

O principal propósito do Dia Mundial da Religião é fomentar a compreensão, a reconciliação e a harmonia inter-religiosa. Isto é, a unidade na diversidade, mediante a ênfase no denominador comum que existe em todas as religiões. Ou seja, a crença num Ser superior, a mediação de um sacerdote ou líder com esse ser divino e um sentido corporativo ou de comunidade. Sendo que todos os grupos sociais do mundo têm as suas próprias religiões, hoje há mais religiões do que culturas desenvolvidas pelo ser humano.

Esquematicamente, as religiões podem classificar-se em três tipos básicos:
Monoteísmo, Politeísmo e Dualismo.
As principais religiões monoteístas, que crêem num único Deus Supremo, são o judeísmo, o cristianismo e o islamismo.
O hinduísmo, o confucionismo, o xintoísmo, o taoísmo e o budismo, que é não-teísta, dirigem a adoração a vários deuses. Típico do zoroastrismo é a crença num dualismo, quer dizer, a igualdade de forças entre o bem e o mal.

Historicamente, o conceito inicial é de que a Humanidade surgiu de uma mesma origem. Porém, o ser humano, ao assumir a sua emancipação de Deus, viu-se confrontado com questões existenciais:


               De onde vim?
               Para onde vou depois de morrer?
               Viverei mais de uma vez?
               Como surgiu a vida e o mundo?
               Qual o sentido da vida?
               Que forças governam a nossa existência?



O homem tem tentado, em vão, encontrar respostas em expressões culturais, filosóficas e doutrinárias, no seu afastamento progressivo da Divindade.

Porém, respostas satisfatórias a tais questões podem ser encontradas, se o homem aceitar o absoluto divino da Verdade revelada, condensada na Bíblia.

Todavia, o homem prefere o orgulho da busca solitária, e outras soluções, criando deuses à sua própria imagem.
É louvável o esforço para o diálogo inter-religioso, que produzirá a paz entre as religiões, e, por extensão, a paz entre as nações, como bem teorizou o teólogo Hans Küng, em 1997.

Mas pensando na unidade perfeita, Jesus já afirmara (João 10:16):

"... haverá um só rebanho e um só pastor", porque, "existe um único Senhor, uma só fé e um só baptismo. Há um só Deus, Pai de todos, que está acima de todos e que actua através de todos e em todos" (Efésios 4:5 e 6).

Ezequiel Quintino - Director da Rádio Clube de Sintra - ver em Links 3I




O GIGANTE E O ANÃO

Num píncaro sentado, na mão tinha um gigante,
Um pobre anão guindado, por sobre o abismo hiante!
Pelo sorvo do pego instado, se o gigante só entreabrisse
Sua mão, de cólera ou doidice,
O pobre anão, em queda despenhada,
Seria reduzido ao nada!

Neste estado cruel, suporeis com certeza,
Que o pobre elogiasse o poder e a grandeza,
De quem lhe garantia a vida!
Engano. O anão de alma atrevida,
Gritava, insultava, cuspia,
O seu senhor em que mordia,
Tomado em vão de insânia brava,
A grande mão que o sustentava!

Assim, mais louco ainda é o mortal impiedoso,
Que blasfemando, ofende,
A quem lhe deu o gozo da existência!

A esse DEUS, que em Justiça e Bondade,
Nos traz com Sua Mão Potente,
Suspensos sobre a eternidade!


Catulo da Paixão Cearense


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