Há muitos anos, uma menina de 4 anos, chamada Sandra Louise Doty, sentou-se num banco pequeno numa florista, enquanto a sua avó atendia os fregueses. Quando a avó e a neta conversaram, a menina começou a descrever o que ela achava SER UMA AVÓ.
A idosa senhora anotou as palavras da neta, que têm sido citadas em todo o mundo. Sandra é actualmente a Sra D. Andrew De Mattia, e deu-nos autorização para transmitir a sua composição original, intitulada «O QUE É UMA AVÓ».
A garotinha disse:
Uma avó é uma senhora que não tem os seus próprios filhos, por isso ela gosta das menininhas das outras pessoas.
Um avô é como a avó mas é homem. Ele sai para passear com os meninos e eles falam sobre pescaria, tratores e outras coisas semelhantes.
As avós não têm nada para fazer, excepto estar ali.
Elas são velhas, por isso não devem brincar muito nem correr. Elas já fazem muito quando nos levam de carro até às lojas, onde está o cavalo de brinquedo, e levam uma porção de moedinhas separadas.
Ou, se nos levam para um passeio, andam devagar para ver as folhas bonitas ou as lagartas. Elas não devem nunca dizer 'depressa!'
Quase sempre, elas são gordas, mas não tão gordas que não possam amarrar os sapatos das crianças.
Elas usam óculos e roupas de baixo esquisitas.
Elas podem tirar os seus dentes e as suas gengivas.
Elas não têm de ser muito inteligentes, somente responder a perguntas como:
"Porque os cachorros odeiam os gatos?" ou "Porque Deus não é casado?"
Elas não falam como os bebés falam, como fazem as visitas, porque é difícil de entender.
Quando elas lêem para nós, não passam em branco as páginas nem prestam atenção para ver se é a mesma história outra vez."
Então ela finalizou:
"Todo o mundo deveria procurar ter uma avó, especialmente se a pessoa não tem televisão, porque as avós são os únicos adultos que têm tempo."
Sandra nos disse quais os adultos que as crianças mais valorizam: os que são bondosos, os que apreciam as coisas melhores da vida e que não estão tão ocupados que não tenham tempo para amar uma criança.
James Dobson, Psicólogo e Conselheiro Familiar in LAR, doce LAR
Editora United Press Ltda, 2000
A letra de uma canção popular africana diz que, quando uma pessoa idosa morre, é como se uma biblioteca tivesse sido queimada. É verdade! Há uma riqueza de herança familiar na vida de cada pessoa que se perderá, caso não seja passada à próxima geração.
A fim de preservar essa herança para os nossos filhos, devemos dizer-lhes de onde viemos e porque estamos aqui neste momento.
Compartilhar a nossa fé, as nossas experiências familiares recebidas, os obstáculos a superar ou os infortúnios que sofremos, podem unir uma família e dar-lhe um sentido de identidade.
A minha bisavó (Nanny), que ajudou a me criar quando eu era menino, tinha quase 100 anos quando morreu. Eu vibrava ouvindo as histórias da sua vida passada no sertão.
Uma das suas história favoritas focalizava os leões da montanha que rodeavam a sua cabana de madeira à noite e atacavam os animais da fazenda. Ela podia ouvi-los urrando e passando perto da sua janela quando ela se deitava. O pai da minha avó procurava afastar os animais ferozes com o seu rifle (arma de fogo) antes que eles matassem um porco ou uma cabra.
Eu me sentava, fascinado, quando aquela doce velhinha falava de um mundo que há muito desapareceu, bem antes de eu nascer. Os seus relatos da vida nos campos ajudaram a criar em mim um amor especial por História, um assunto que ainda hoje me encanta.
As histórias do seu passado, da sua infância, do namoro com o seu cônjuge, etc., podem ser tesouros para os seus filhos. A menos que reaviva essas experiências com eles, essa parte da sua história terá ido embora para sempre.
Desenterre os tesouros do passado e faça-os reviver para os seus filhos na sua família.
James Dobson, idem