domingo, 3 de maio de 2015

MÃES PRECIOSAS


"Mulher exemplar não é fácil de encontrar ... Fala sempre com sabedoria e dá conselhos com bondade." Provérbios 31:10, 26

Hoje estamos comemorando o Dia das Mães e, por isso, vamos dar uma paradinha em nossa sequência de temas para falar um pouco sobre essa pessoa tão especial. Quando vejo alguém se destacando em alguma área, procuro saber quem é a mãe que está por trás do sucesso. As mães costumam ficar anónimas, e não se importam com isso. Ver o sucesso dos filhos é suficiente para elas. Elas não fazem questão nenhuma de mostrar o rosto. Ficam à distância, felizes e orgulhosas de seus filhos. Você conhece a história do norte-americano Benjamin Carson? Que mãe teve esse homem! Hoje ele é um neurocirurgião de grande sucesso. Mas, para chegar aonde chegou, contou com uma mãe que se dedicou de corpo e alma à criação de seus dois filhos. Ela, que trabalhava como faxineira em casas de família, não pôde contar com o apoio financeiro do ex-marido. Com sangue, suor e lágrimas formou um filho em medicina e o outro em engenharia.
É comum vermos o Dr. Ben Carson dando palestras, sendo convidado para seminários, sendo entrevistado para falar de seus grandes feitos na medicina e autografando seus livros que já foram lidos por milhares de pessoas em todo o mundo. Mas mal sabemos o nome de sua mãe, não porque ele não fale nela; muito pelo contrário, sempre que ele conta sua história fala muito sobre a querida mãe. Mas ela é a típica mãe que abriu mão dos seus sonhos para realizar os sonhos dos filhos. Vê-los felizes é o grande prémio dessa mulher. Existem outros milhares de mães assim pelo mundo. Uma delas é a minha mãe.

Há também as mães que veem, com tristeza, o fracasso dos filhos. Só que essas mães não costumam ficar anónimas; elas mostram o rosto e dizem: "Este é o meu filho e eu estou do lado dele para o que der e vier!" Que amor é esse? Bom, se você tinha alguma dificuldade para entender o amor de Deus, agora tudo ficará claro: o amor de mãe é semelhante ao amor de Deus. Ele, que vive para amar, quis alguém para imitá-Lo e, por isso, fez as mães. Neste domingo especial, abrace todas as mães que você encontrar. Abrace todas aquelas mulheres que, de alguma forma, se dedicam ou se dedicaram à formação e educação de um novo ser.
Parabéns, Mamã!

Meditações para Juvenis, 2014 - Casa Publicadora Brasileira.


DECRETO PARENTAL

Felizmente, os meus filhos não leem muitas vezes os meus artigos... portanto, é provável que não descubram o que vou confessar até eu ter idade para estar em segurança, confortavelmente instalada num lar de terceira idade - e fora do alcance da sua "retribuição".
Se o Leitor for de natureza sensível, é capaz de ser melhor ficar por aqui, pois o que eu vou revelar não é nada bonito.
Hoje, pela primeira vez na minha vida - embora provavelmente não seja a última - entrei no e-mail do meu filho. Sim, eu sei que é chocante!
Lembro-me, claramente, da minha avó estar, desavergonhadamente, a ouvir as conversas das minhas tias e pensar que ela era uma grande bisbilhoteira. Eu nunca faria uma coisa dessas! Nem pensar! Bem, esse ideal durou até há pouco. O meu filho, perto de fazer 13 anos, corou quando mencionou que algumas colegas lhe enviavam e-mails. Casualmente, fiz algumas perguntas sobre o assunto, mas ele corou ainda mais e deu-me umas respostas muito vagas.
Não era preciso ser um cientista da NASA para saber que alguma coisa estava a acontecer. Foi então que tomei uma decisão executiva e instituí o Decreto Parental como um sistema de alarme preventivo para identificar armas de destruição massiva.
Depois de passar algum tempo com o nariz enfiado na vida do meu filho, comecei a compreender porque é que os detectives ficam entediados quando lhes calha terem de ler as receitas de culinária que as donas de casa trocam entre si. O que eu fiquei a saber, além do facto de que as conversas entre adolescentes podem ser tremendamente aborrecidas, foi que havia ali um romancezito no ar. Felizmente, soube disso antes de ele vir ter comigo, contando tudo e pedindo conselhos.
O que era, precisamente, o que eu queria saber desde o princípio. Sempre fui muito aberta com os meus filhos e sinto que temos umas sólidas linhas de comunicação. Mas estamos naquela altura em que essas linhas começam a quebrar-se e eu queria saber se, quando as coisas começassem a acontecer, essas linhas se aguentariam. Estou aliviada por ver que sim.


(D.R.W. - Fundador do Desafio Jovem, ver Links 4LS)

Como editora da revista Listen, uma revista de prevenção de drogas e álcool para adolescentes, conheço, em primeira mão, o que acontece quando os pais não estão suficientemente envolvidos na vida dos seus filhos. Histórias tristes passam pela minha secretária todos os dias. Leio-as e penso: Onde estavam os pais?
Quando peso as consequências não sinto na realidade, quaisquer escrúpulos em bisbilhotar a vida dos meus filhos. Iria eu revistar os seus quartos? Certamente, se os tivesse de proteger contra ameaças desconhecidas (para eles). Interrogaria os seus amigos? Absolutamente, se isso fosse necessário. Daria uma olhadinha quando eles convidassem os amigos? Pode ter a certeza! Certificar-me-ia para onde, e com quem vão? Pode contar com isso!
Alguns podem considerar isto invasão de privacidade. Eu vejo-o como a primeira linha de defesa. Longe vão os dias em que o telefone da família estava num sítio onde toda a tribo podia ouvir as conversas das crianças com os seus amigos.
Hoje, estranhos com más intenções metem-se nos chatrooms online onde os pais quase nunca pisam. Muitas crianças têm telemóveis. Podem falar com qualquer pessoa, em qualquer lugar.

Ser-se pai, hoje, não é para os escrupulosos. Estamos em desvantagem com todas estas recém-descobertas liberdades e riscos - riscos que eram inimagináveis há menos de dez anos. Cabe-nos a nós construir barreiras à volta da vida dos nossos filhos.

A tecnologia é uma ferramenta maravilhosa, mas ela significa que agora, mais do que nunca, os pais precisam de estar vigilantes ao monitorizarem a vida dos seus filhos. É por isso que o meu Decreto Parental estará activo até que as crianças da minha casa tenham idade suficiente, tenham aprendido e desejem proteger-se. Até lá, podem chamar-me Mãe Bisbilhoteira, que eu não me importo.

Céleste Perrino-Walker, Editora da Revista Listen in Saúde e Lar, Maio de 2007.

BÊNÇÃOS AOS QUE PEDEM

"Nada tendes, porque não pedis." Tiago 4:2

Não podemos passar sem a graça de Deus. Precisamos de auxílio vindo de cima, se queremos resistir às múltiplas tentações de satanás, e escapar aos seus enganos. Entre as trevas dominantes, precisamos de ter a luz de Deus para revelar as armadilhas e os enganos do erro, de contrário seremos apanhados. Devemos aproveitar a oportunidade para orar, tanto em particular como no altar da família. Muitos precisam de aprender a orar. ...
Quando com humildade, dizemos ao Senhor quais as nossas necessidades, o próprio Espírito intercede por nós; quando o nosso senso de necessidade nos leva a abrir a alma perante o olhar observador da Omnipotência, as nossas orações sinceras e fervorosas chegam ao trono de Deus, a nossa fé reclama as Suas promessas, e vem-nos o auxílio. ...
A oração é tanto um dever como um privilégio. Precisamos de ter a ajuda que só Deus pode dar, e esse auxílio não vem sem que o peçamos. Se somos demasiado convencidos da própria justiça de modo que não sentimos a nossa necessidade do auxílio de Deus, não teremos a Sua ajuda quando mais dela necessitarmos. Se somos demasiado independentes e presunçosos para, diariamente, pela oração fervorosa, reclamarmos os méritos de um Salvador crucificado e ressurgido, ficaremos sujeitos às tentações de satanás. ...
A oração fervorosa, sincera ... traz força e graça para resistir aos poderes das trevas. Deus quer abençoar. Está mais disposto a dar o Espírito Santo aos que O pedem, do que os pais a darem boas dádivas aos seus filhos. Mas muitos não sentem a própria necessidade. Não compreendem que não podem fazer nada sem o auxílio de Jesus. ...
Foram-me mostrados anjos de Deus prontos para comunicarem graça e poder aos que sentem a sua necessidade de força divina. Mas esses mensageiros celestes não concederão bênçãos, a menos que sejam solicitadas. Eles têm esperado pelo clamor de almas famintas e sedentas das bênçãos de Deus; muitas vezes têm esperado em vão. Havia, na verdade, orações casuais, mas não a fervorosa súplica de corações humildes e contritos. ...

Os que quiserem receber as bênçãos do Senhor precisam de preparar eles próprios o caminho, pela confissão do pecado e humilhação diante de Deus, com arrependimento sincero e com fé nos méritos do sangue de Cristo.


- Ellen White in RH (Review and Herald), 24 de julho de 1883, pág. 466. Meditações Matinais - A Nossa Alta Vocação, 3 de maio de 2015.